quinta-feira, 25 de março de 2010

Dream A Little Dream of Me

Estou ouvindo pela enésima vez hoje.

...♪ Sweet dreams till sunbeams find you

    Sweet dreams that leave all worries behind you ♪...
 

quarta-feira, 17 de março de 2010

Michael Porter & a Estratégia

Hi people,



Já tinha ouvido falar muito do Porter. Inclusive no blog do meu trabalho, postei uma matéria sobre ele.
E na aula de hoje, ele foi o centro das atenções.
Consegui enxergar um “bucadim” mais a fundo, a importância do Guri  Guru, no Mundo Corporativo .
Acho que vale a pena publicar/compartilhar aqui um pouquinho do que eu sei/descobri a respeito.



Michael Porter & a Estratégia


Quem é Michael Porter?


Michael Eugene Porter, considerado, o “Guru da estratégia” é professor da Harvard Business School, fez licenciatura em Engenharia Mecânica e Aeroesopacial, na Universidade de Princeton (Estadode Nova Jérsei- EUA), fez MBA e Doutorado em Harvard, e se tornou professor com 26 anos de idade.

Foi consultor de estratégia de muitas empresas norte-americanas e internacionais e tem papel ativo na política econômica. Do seu trabalho resultaram conceitos como :

As 5 Forças Competitivas:


Segundo Porter, a meta final da estratégia competitiva é lidar com, e em termos ideais, modificar estas regras em favor da empresa. Em qualquer indústria, seja ela doméstica ou internacional, produza um produto ou um serviço, as regras da concorrência estão englobadas em cinco forças competitivas apresentadas acima.

Para Porter, só é possível criar uma Vantagem Competitiva, de modo a estabelecer e sustentar um desempenho superior de três maneiras:

Produzindo um produto ou serviço mais barato;

Fazendo um produto diferenciado, melhor e diferente do que a competição produz;

Dominando um nicho de mercado especifico.

Ele não acreditava que muitas organizações pudessem fazer as três coisas ao mesmo tempo (nem mesmo duas) em busca de uma vantagem competitiva. A estratégia a ser escolhida por determinadas empresas, iria depender do tipo de empresa, que poderia ser:


Global;
Fragmentada;
Emergente;
Madura;
Declínio.

Assim como um ser vivo, que nasce, cresce, envelhece e morre , uma indústria também tem o seu ciclo de vida, que é inteiramente ligado ao ciclo de vida do produto ou serviço que ela oferece. Durante esse ciclo de vida, cada uma das fases apresenta características diferentes e oportunidades totalmente distintas para as empresas. Observamos o surgimento da indústria devido à descoberta de uma nova tecnologia ou necessidade; a fase onde essa indústria é emergente, na qual os clientes ainda estão descobrindo a indústria e ela apresenta grande crescimento; a fase madura, onde as inovações diminuem e a quantidade de clientes e de empresas se mantém praticamente fixa; e a fase do declínio, na qual ocorre queda de vendas.

Porém, ao contrário do que ocorre com o ser vivo, no ciclo de vida de um produto, mudanças na ordem podem ocorrer. A descoberta de novos usos para o produto pode inverter a situação de declínio, a fase de crescimento pode ser muito rápida, a indústria pode passar diretamente da fase de crescimento para o declínio, etc. A Figura abaixo, ilustra o ciclo de vida de um produto e a possibilidade de inversão do declínio.



Além de indústrias emergentes, maduras e em declínio, Porter (1980) observou mais dois tipos de indústrias: indústrias fragmentadas, que têm um grande número de firmas pequenas ou médias e nas quais não existe uma firma com participação significativa no mercado. E indústrias globais, onde as firmas expandiram os seus negócios para outros países, buscando demandas não atendidas, ou não atendidas da melhor maneira, de forma que elas possam competir por ela.


Dessa forma,antes de tomar decisões estratégicas, a empresa deve fazer uma análise detalhada do ambiente e das suas capacidades internas para escolher estratégias que sejam consistentes com o tipo da indústria e com o que ela pode se tornar no futuro.



Outro assunto muito abordado por Porter foi o conceito de cadeia de valor, segundo Porter “toda empresa é uma reunião de atividades que são executadas para projetar, produzir, comercializar, entregar e sustentar o produto. Todas estas atividades podem ser representadas, fazendo-se uso de uma cadeia de valores”.

Sendo assim, toda cadeia de valor possui no mínimo cinco atividades primárias:

- logística interna (tudo aquilo necessário para produzir);
- produção ou provisão;
- logística externa e distribuição;
- marketing,
- pós-venda.

Todas estas atividades são acompanhadas por uma série de atividades secundárias (dentro da cadeia de valor). Cada empresa tem em sua cadeia de valor, sua diferenciação perante outras empresas, sendo a otimização desta cadeia que fará com que a sua estratégia seja predominante perante outras empresas.

Após trabalhar estes conceitos, Porter passou da competição entre empresas para competição entre as nações. Em seu livro, A Vantagem Competitiva das Nações (The Competitive Advantage of Nations, 1990) ele examinou como alguns Estados eram saudáveis e outros nem tanto. O elemento mais importante aqui é o que ele definiu como Sistema Nacional de Valor, e com isto lançou outro grande conceito - o modelo do diamante.

Segundo Porter, os componentes deste modelo são:

Rivalidade doméstica - quanto mais dura melhor;
Recursos econômicos existentes;
Infra-estrutura, incluindo o nível de educação dos cidadãos;
O fenômeno cluster.

Um cluster industrial é uma concentração de empresas relacionadas entre si, numa zona geográfica relativamente definida, que conformam um polo produtivo especializado com vantagens competitivas. Um exemplo clássico de cluster é o Vale do Silício, na Califórnia, onde coexistem milhares de empresas de tecnologia. Estas regiões podem usar os benefícios de economia de escala, atrair trabalhadores qualificados e aumentar sua eficiência.

De um modo geral, seus conceitos sobre estratégia já estão enraizados em nosso vocabulário, mas nem sempre sabemos quem foi o difusor destas idéias. Além disto, é muito importante ler direto na fonte. Apesar de não ser uma leitura fácil a principio, com certeza é fundamental para todos aqueles que desejam conhecer um pouco mais sobre como de fato é possível criar uma estratégia competitiva, amparado numa sólida vantagem competitiva, baseada na diferenciação de seus produtos ou serviços.