sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Fixa admiração.

Quando avistei silhueta aquela justamente esguia, era você alguém, como alguém qualquer. As horas que contigo tive de partilhar não foram das melhores e mesmo os pigmentos marrom claro dourado daquela pele que hipnotizava os olhos meus, não era coisa alguma no nível da magnificência. O ponto de partida de todo o encanto veio tempos depois. Deve ter sido a mesma brisa que antecedeu o furto de essência de tua alma junto ao beijo que ganhei que estigmatizou aquele momento petrificando o e trazendo aos poucos o seu sentido verdadeiro. Poderia também cogitar a possibilidade de um feitiço místico registrado em escrituras espaciais. Já que o real motivo eu francamente desconheço.

Passam dias, meses, eleições, olimpíadas, e a sensação, a parcela desse negócio infiltrado aqui que nem sei ao certo se tem nome, permanece. Suas raízes estão fincadas com bravura de força extrema.

E eu sou obrigada a conviver com ela. Não que eu não goste, só não a compreendo com a lucidez que gostaria. Não que eu também goste tanto assim. É que a base da admiração foi criação inteiramente minha, eu sei. Talvez a sua realidade seja muito diferente dessa que eu adotei. Modéstia a parte a minha versão é beeem interessante. Não sei se pode ser amor e muito menos qual a variação de amor é. A única maneira de desembaraçar um pouquinho que seja é expulsando o seu excesso de jeito qualquer que for. Traduzindo a em palavras, em discurso. Existe uma necessidade de esvaziar, e compartilhar sobre o Universo existente no íntimo da mente. Preciso dizer também que a periodicidade de suas aparições nos teatros dos meus sonhos é cada vez mais freqüente. Não nos papéis que eu gostaria que interpretasse. E esse é o único motivo que me faz preferir sonhar acordada.

Eu tenho a plena consciência de que um reencontro que abra-me os olhos para as situações reais ou  qualquer outra ação que desvalide a força de suas raízes é pura utopia. E se for feitiço das estrelas, só será quebrado quando Andrômeda e Via Láctea forem uma só galáxia. Enquanto isso não acontece eu controlo a freqüência das suas participações em mim. Por amor e com todas as variações que eu conheço do amor.


terça-feira, 4 de outubro de 2011

Agora e depois!

Almejo e vejo

No campo da minha real verdade.
É altissonante azul céu verão.
Brilha com a perfeição que supera ancho qualquer que seja.
Aproxima-se com vida.
Es se incorpora nas diretrizes absorvidas pela íris.
A alma se revigora e adquire momentânea forma de aventurados frêmitos.
Sem se preocupar com o limite da extravagância .
Amanhã é que é o dia fim da meta.
Mas além de esperançá-la sem mais, é fascinante entender que é o diáfano hoje que a fará concreta. Ou não.
Hoje fiz, faço, farei. Com bravura, amém.
Mas agora faço sentindo a brisa gelada do aqui.
Que envolve com maestria o emaranhado de fragmentos dóceis de vernáculos e ainda o som sereno das águas que caem.
Até porquê só no instante agora é possível ser , sentir.
No segundo seguinte já não, talvez.