domingo, 6 de novembro de 2011

*

O dia raíz, me lembro.
Me agradeço pela ousadia do fundamento de dizer tudo o que eu queria.
Mesmo com aquela verdade parcialmente inventada.
Foi a partir dela que brotaram os momentos subsequentes tão coloridos quanto à amizade.
Que vejo até hoje brilhar.
Um dia um beijo, no outro a cumplicidade.
Por hora a vitalidade acesa pela energia que invade.
Outrora o vazio transbordando saudade.
Independente de coisa qualquer que seja mora em mim inteira, a fragrância que te perfuma, além da esplêndida força da tua verdade.
Café, chuva ou garoa, as longas caminhadas pelas ruas desta imensa cidade.
A música que a gente gosta.
Minha filosofia misturada com a sua admirável arte.
Nós.
Metamorfoses do plural.
E o despretensioso amor.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Fixa admiração.

Quando avistei silhueta aquela justamente esguia, era você alguém, como alguém qualquer. As horas que contigo tive de partilhar não foram das melhores e mesmo os pigmentos marrom claro dourado daquela pele que hipnotizava os olhos meus, não era coisa alguma no nível da magnificência. O ponto de partida de todo o encanto veio tempos depois. Deve ter sido a mesma brisa que antecedeu o furto de essência de tua alma junto ao beijo que ganhei que estigmatizou aquele momento petrificando o e trazendo aos poucos o seu sentido verdadeiro. Poderia também cogitar a possibilidade de um feitiço místico registrado em escrituras espaciais. Já que o real motivo eu francamente desconheço.

Passam dias, meses, eleições, olimpíadas, e a sensação, a parcela desse negócio infiltrado aqui que nem sei ao certo se tem nome, permanece. Suas raízes estão fincadas com bravura de força extrema.

E eu sou obrigada a conviver com ela. Não que eu não goste, só não a compreendo com a lucidez que gostaria. Não que eu também goste tanto assim. É que a base da admiração foi criação inteiramente minha, eu sei. Talvez a sua realidade seja muito diferente dessa que eu adotei. Modéstia a parte a minha versão é beeem interessante. Não sei se pode ser amor e muito menos qual a variação de amor é. A única maneira de desembaraçar um pouquinho que seja é expulsando o seu excesso de jeito qualquer que for. Traduzindo a em palavras, em discurso. Existe uma necessidade de esvaziar, e compartilhar sobre o Universo existente no íntimo da mente. Preciso dizer também que a periodicidade de suas aparições nos teatros dos meus sonhos é cada vez mais freqüente. Não nos papéis que eu gostaria que interpretasse. E esse é o único motivo que me faz preferir sonhar acordada.

Eu tenho a plena consciência de que um reencontro que abra-me os olhos para as situações reais ou  qualquer outra ação que desvalide a força de suas raízes é pura utopia. E se for feitiço das estrelas, só será quebrado quando Andrômeda e Via Láctea forem uma só galáxia. Enquanto isso não acontece eu controlo a freqüência das suas participações em mim. Por amor e com todas as variações que eu conheço do amor.


terça-feira, 4 de outubro de 2011

Agora e depois!

Almejo e vejo

No campo da minha real verdade.
É altissonante azul céu verão.
Brilha com a perfeição que supera ancho qualquer que seja.
Aproxima-se com vida.
Es se incorpora nas diretrizes absorvidas pela íris.
A alma se revigora e adquire momentânea forma de aventurados frêmitos.
Sem se preocupar com o limite da extravagância .
Amanhã é que é o dia fim da meta.
Mas além de esperançá-la sem mais, é fascinante entender que é o diáfano hoje que a fará concreta. Ou não.
Hoje fiz, faço, farei. Com bravura, amém.
Mas agora faço sentindo a brisa gelada do aqui.
Que envolve com maestria o emaranhado de fragmentos dóceis de vernáculos e ainda o som sereno das águas que caem.
Até porquê só no instante agora é possível ser , sentir.
No segundo seguinte já não, talvez.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

#Ansiedade

Instantes de tensão,
À frente há um fato, que na verdade não há.
Espera-se que tenha, "expectativa-se" o vir a ser.
Mas o ato é,é,é... uma trêmula fraqueza.
Um desconforto inquietante, um turbilhão de ávidas sinapses com focos pretéritos.
Nasce então o "E se?"
E, se? Coisa utópica. O subjetivo das  possibilidades.
Pra mim  "E se", pobre dependente do eu, do outro e dos multiversos.
O ansiar tem o dom de intimidar o inspirar e embaralhar o que realmente é e está.
Refletindo o ato, vem à tona a temperatura elevada, borbulhante.
As maçãs vermelhas e as vezes até uma cegueira.
Necessidade de... de... do alimeto dos deuses.
Só termina quando sintetiza-se em fato.
E intermitentemente recomeçará para todo o nosso "adrenalítico" sempre!

domingo, 21 de agosto de 2011

A menina da unha vemelho prazeres.


Num banco azul sob uma ligeira garoa, está a menina. Com os olhos fixos nas suas unhas cuidadosamente coloridas de um vermelho prazeres que coincidentemente tem o mesmo tom do  líquido veloz, encarregado de circular em suas veias uma porção de vida.
Neste exato  momento encontra-se perdida nos caminhos tortos do labirinto extenso do seu coração. Traduzindo em som, suor e sensação toda a agitação pulsante dos seus pensamentos.
Se não fosse a luz amarela à sua frente que abriga os insetos desprezados, se não fosse as lascas do derretido gelo empoeirado que insistem em se aproximar e ultrapassar as barreiras das camadas de pano para na pele doce da menina se instalar, talvez, tivesse ela, a austera autonomia pra explodir do peito as metálicas travas tenebrosas que bloqueiam as passagens do seu labirinto.
Esse seria um caminho curto, que a livraria da incubêmcia de encontrar todas as chaves. Mas a garoa persiste e todo o contexto visto por ela, ali encolhidinha no duro e gelado banco azul, também. A menina que busca transbordar leveza percebe então, que o tom de vermelho da sua unha e da sua história está fosco. E um trajeto refeito de dentro pra fora a impulsiona em enfrentar a garoa, se livrar da visão seticida e buscar o elemento libertador, que pode encontrar todas as chaves e pode também bombardear qualquer porta fechada do labirinto. O brilho!

quinta-feira, 28 de julho de 2011

quarta-feira, 29 de junho de 2011

*-*Docinho Meu*-*


Graciosa,
Capaz de temperar com maestria as piadas outrora sem sal algum.

Doce,
Como a mais leve brisa vinda das longínquas terras encantadas.

Pequena,
Na medida perfeita para inspirar harmonia, alegria.

Colorida,
Bastante azul, um pouco de rosa, amarelo bebê e pinceladas do mais suave lilás.

Minha,
Para todo o meu sempre, parte de mim.